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Literatura BrasileiraMovimentos e Períodos Literários

LITERATURA 5 – O HUMANISMO EM PORTUGAL

By 4 February 2015No Comments

ROTEIRO N° 05

1 – TEMA: O Humanismo em Portugal: principais características, obras e autores.

2 – PRÉ-REQUISITO:

  • Ler com compreensão.
  • Conhecer os principais eventos históricos de povos europeus, principalmente de Portugal.

3 – META: Ao final do estudo, você deverá ser capaz de:

  • interpretar textos
  • relacionar o período literário humanista da língua portuguesa aos principais eventos históricos ocorridos em Portugal e no mundo
  • identificar as características das obras do Período Humanista em Portugal

4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: O objetivo da pré-avaliação é diagnosticar o quanto se tem conhecimento de um assunto. Para isso, basta que você responda à Auto-avaliação que está no início deste Roteiro, antes de ler qualquer texto existente nele. Se você alcançar um resultado igual ou superior a 80 pontos, não precisa estudar o assunto, pois você já o domina suficientemente. Caso contrário, vá direto para as Atividades de Estudo.

5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Portanto, faça o seguinte:

  1.  Tenha um dicionário de Português ao seu alcance, para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado;
  2. Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios;
  3. Leia primeiro o texto; faça em seguida os exercícios; compare suas respostas com o gabarito e veja o que errou; retorne ao texto para verificar o porquê do erro.

6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito o estudo dos textos e os exercícios, responda às questões propostas na Auto-avaliação. Creio que você agora, acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.

7 – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-avaliação, volte à leitura dos textos, agora com mais atenção. Sem pressa. A leitura com compreensão é a base da aprendizagem.

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AUTO-AVALIAÇÃO

Responda às questões abaixo antes de ler qualquer texto deste Roteiro. Atribua 10 pontos para cada resposta correta. Se você alcançar 80 pontos na soma total, parabéns! Você não precisa estudar este Roteiro, pois já domina suficientemente o conteúdo existente nele. Caso contrário, leia as orientações das Atividades de Estudo.

1. Fernão Lopes pode ser chamado de:

a) (   ) o Rei Trovador                        b. (   ) o Plauto Português

c) (   ) o Heródoto Português           d. (   ) o Mestre de Avis

2. Além de Fernão Lopes, foi também cronista em Portugal:

a) (   ) Gomes Zurara                   b. (   ) Paio Soares de Taveirós

c) (   ) D. Duarte                           d. (   ) o Conde de Barcelos

3. Entre outras características, podemos dizer que as crônicas de Fernão Lopes:

a) (   ) usam de recursos típicos da narrativa e nos fornecem uma visão plástica da realidade.

b) (   ) caem em um formalismo vazio, pela linguagem erudita que apresentam.

c) (   ) apresentam uma visão histórica parcial, que favorece a aristocracia.

d) (   ) não são fidedignas, pois se baseiam na tradição oral.

4. O nome de Garcia de Rezende está ligado à(ao):

a) (   ) historiografia do Humanismo          b. (   ) lírica trovadoresca

c) (   ) teatro de Gil Vicente                           d. (   ) poesia do Humanismo

5. O ano de 1516, na literatura portuguesa, está ligado à:

a) (   ) nomeação de Fernão Lopes para guarda-mor da Torre do Tombo.

b) (   ) publicação do Cancioneiro Geral contendo a poesia do Humanismo.

c) (   ) nomeação de Fernão Lopes para cronista-mor do Reino.

d) (   ) vinda de Sá de Miranda da Itália.

6. De todos os Cancioneiros em que está recolhida a poesia medieval portuguesa, o mais importante é o:

a) (   ) da Vaticana                     b. (   ) da Biblioteca Nacional

c. ) (   ) da Ajuda                         d. (   ) Cancioneiro Geral

7. Além de separar-se da música, a poesia do período Humanista:

a) (   ) adota estrutura paralelística

b) (   ) é escrita em latim

c. ) (   ) é escrita em galaico-português

d ) (   ) é requintada, lúdica e apresenta muitas vezes, mote e glosa

8. “Então se despediu da Rainha, e tomou o Conde pela mão e saíram ambos da câmara a uma grande casa que era diante, e os do Mestre todos com ele, e Rui Pereira e Lourenço Martins mais acerca. E chegando-se o Conde com o Mestre acerca duma fresta, sentiram os seus que o Mestre lhe começava a falar passo, e estiveram todos quedos. E as palavras foram entre eles tão poucas, e tão baixo ditas, que nenhum por então entendeu quejandas eram. Porem afirmam que foram desta guisa:

– Conde, eu me maravilho muito de vós serdes homem a que eu bem queria, e trabalhardes-vos de minha desonra e morte!

– Eu, Senhor? disse ele. Quem vos tal coisa disse, mentiu-vos mui grã mentira.

O Mestre, que mais tinha vontade de o matar, que de estar com ele em razões, tirou logo um cutelo comprido e enviou-lhe um golpe à cabeça; porem não foi a ferida tamanha que dela morrera, se mais não houvera. Os outros todos, que estavam de arredor, quando viram isto, lançaram logo espadas for a, para lhe dar; e ele movendo para se acolher à câmara da Rainha, com aquela ferida; e Rui Pereira, que era mais acerca, meteu um estoque de armas pore le, de que logo caiu em terra, morto.

Os outros quiseram-lhe dar mais feridas, e o Mestre disse que estivessem quedos, e nenhum foi ousado de lhe mais dar.”

O texto transcrito acima foi escrito por Fernão Lopes e pertence à obra Crônica de D. João I. As crônicas de Fernão Lopes caracterizam-se por tentarem reproduzir a verdade histórica como se esta tivesse sido testemu-nhada. Por outro lado, é com Fernão Lopes que a língua portuguesa inicia o percurso da sua modernidade.

Nestes termos, assinale dentre as alternativas abaixo, a que melhor caracteriza o trecho acima:

a) (   ) Narração realista e dinâmica que quase nos faz visualizar os acontecimentos.

b) (   ) Fidelidade absoluta aos acontecimentos históricos.

c) (   ) Utilização de uma linguagem erudita e sofisticada, de acordo com a reprodução dos fatos históricos.

d) (   ) Preocupação em mencionar os nomes de todas as pessoas presentes à morte do Conde.

9. Assinale a alternativa correta em relação a Gil Vicente:

a) (   ) Compôs peças teatrais de caráter sacro e satírico.

b) (   ) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.

c) (   ) Escreveu a novela Amadis de Gaula.  

d) (   ) Só escreveu peças em português.

10. Assinale a alternativa incorreta sobre o Humanismo português:

a) (   ) caracterizou-se como uma fase de transição entre as tradições medieval e clássica.

b) (   ) Produziu a poesia palaciana reunida no Cancioneiro Geral por Garcia de Rezende.

c) (   ) Nele não se inclui o teatro vicentino que apresenta características clássicas, obedecendo às três unidades do teatro grego: tom, tempo e espaço.

d) (   ) Fernão Lopes foi o grande nome da historiografia portuguesa naquele período.

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Gabarito:

  1. c     2. A     3. A     4. D     5. B     6. B    7. D   8. A     9. A     10. C

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ANEXO A – Contexto histórico em que floresceu o Humanismo

Ano

Fato histórico

1418

Fernão Lopes é nomeado guarda-mor da Torre do Tombo.

1420

Início das grandes navegações portuguesas e espanholas. Descoberta da Ilha da Madeira

1448

Gutemberg inventa a tipografia.

1453

Os turcos conquistam Constantinopla (atual Istambul). Fim da Idade Média.

1481

A Inquisição é instaurada na Espanha.

1482

Diogo Cão descobre a foz do Rio Zaire, na África.

1487

Bartolomeu Dias chega ao Cabo da Boa Esperança ou das Tormentas.

1492

Colombo descobre a América.

1498

Vasco da Gama encontra o caminho marítimo para as Índias.

1500

Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.

1527

O poeta Sá de Miranda retorna a Portugal, vindo da Itália.

        O Trovadorismo foi o primeiro período literário da Idade Média. O segundo foi o HUMANISMO. Na literatura portuguesa este período estendeu-se de 1418, ano em que Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, até 1527, quando Sá de Miranda retornou da Itália para Portugal.

         Os limites estabelecidos para o Humanismo representam fatos que, pela sua significação cultural, já contêm os elementos que caracterizam o período: foi uma época de transição entre a Idade Média feudal, mística e teocêntrica e o Renascimento, burguês, terreno e antropocêntrico.

        A Europa passava por profundas transformações. Surgia o mercantilismo, e a economia baseada exclusivamente na agricultura, perdia em importância para outras atividades. As cidades portuárias cresciam, atraindo os camponeses. Surgiam novas profissões e pequenas indústrias artesanais. Nas pequenas cidades, chamadas burgos, surgia uma nova classe social, a burguesia, composta de mercadores, comerciantes e artesãos, que passou a desafiar o poder dos nobres.

         Ao lado do pensamento medieval teocêntrico (Deus como centro do Universo), começava a surgir uma nova visão de mundo que colocou o homem como centro das atenções (antropocentrismo).

         O teocentrismo medieval começava a declinar em função de uma série de acontecimentos que apontavam para as possibilidades das realizações humanas. A hegemonia da Igreja Católica havia desacelerado a evolução cultural europeia por meio de sua doutrinação pelo terror, mas não pôde neutralizá-la completamente. Os alicerces do medievalismo cristão davam mostras de franca decadência. O feudalismo estava praticamente diluído num mundo em que novas organizações sociais se impunham; a autoridade universal do Papa se fragilizava por causa das intermináveis crises de ordem interna e externa enfrentadas pela Igreja Católica. O homem buscava outras maneiras de interação com o mundo, guiado por uma racionalidade que esbarrava com o teocentrismo milenar imposto pela Igreja.

         Com a queda de Constantinopla, tomada pelos turcos em 1453, numerosos sábios gregos fugiram para a Itália, levando consigo manuscritos de autores da Antiguidade greco-latina. Surgem os humanistas: homens da Igreja, artistas e professores.

         Os humanistas difundiram a idéia de que os valores e direitos de cada indivíduo deviam sobrepor as imposições do Estado. Grandes admiradores da cultura antiga, estudavam, copiavam e comentavam os textos de poetas e de filósofos greco-latinos, cujas idéias seriam amplamente aceitas no Renascimento.

         O Humanismo foi um movimento cultural que, além do estudo e da imitação dos autores greco-latinos, fez do homem objeto de conhecimento, reivindicando para ele uma posição de importância no contexto universal, sem contudo, negar o valor supremo de Deus.

         Nesse período, Portugal tinha praticamente reconquistado seu território após oito séculos de invasões árabes. A nobreza perdera certos recursos econômicos que vinham das guerras; a burguesia, as cidades e o comércio se desenvolviam. A peste negra e o êxodo rural haviam destruído os últimos vestígios da servidão e do feudalismo. D. João I, filho de D. Pedro I (não confundir com o imperador D. Pedro I, do Brasil. Este chegou ao Brasil, ainda criança, em 1808), tornou-se rei, inaugurando a Dinastia de Avis. Homem culto, D. João soube valorizar as letras e a cultura, abrindo caminho para um novo período na história da Literatura Portuguesa. Além disso, os lusitanos viveram a euforia do início da expansão marítima com a tomada de Ceuta, em 1415, e que se estenderia até o século XVI.

         De qualquer modo, há na primeira metade do século XV o surgimento da mentalidade humanista ainda bastante marcada pela religiosidade.

ANEXO B – A produção literária Humanista em Portugal

         Quatro foram os tipos de produção que marcaram o período Humanista em Portugal: os textos historiográficos, a prosa didática ou doutrinária, a poesia palaciana e o teatro.

         Desses, os mais importantes foram os textos historiográficos de Fernão Lopes e o teatro de Gil Vicente.

  1. Textos historiográficos

          Os textos historiográficos ou Crônicas tinham por finalidade registrar os feitos de determinadas famílias nobres. A tarefa dos cronistas medievais consistia no registro e na ordenação cronológica (daí o nome de crônicas) de histórias deixadas por outros cronistas e mesmo da tradição popular. As crônicas eram feitas “por encomenda”. Isso fazia com que os fatos fossem narrados sob uma perspectiva muito parcial, que sempre favorecia o “encomendante”, geralmente membro da aristocracia. Os cronistas naturalmente favoreciam os membros da aristocracia uma vez que eles eram pagos para registrar guerras cavaleirescas, intrigas palacianas e gestos heróicos dos reis, sem se preocuparem com a veracidade dos fatos. O mais importante cronisca dessa época é Fernão Lopes.

  1. A prosa didática ou doutrinária

         A finalidade desse tipo de prosa era a doutrinação dos fidalgos e nobres, educando-os sobre os procedimentos tidos como adequados para a vida na Corte. Eram verdadeiros tratados do protocolo palaciano.

  1. A poesia palaciana

         Ao contrário da poesia trovadoresca, que estava associada à música e era cantada ou bailada, a poesia palaciana foi elaborada para ser lida e recitada nas cortes, cultivada por fidalgos, sem abandonar, contudo os temas comuns aos trovadores medievais: a dor e o sofrimento amoroso, a súplica triste e apaixonada e a sátira. A principal modificação apresentada por essa poesia foi a separação entre a música e texto, o que resultou num maior apuro formal: os textos passaram a apresentar ritmo e melodia próprios, obtidos a partir da métrica, da rima, das silabas tônicas e átonas.

         Na poesia palaciana, a palavra passou a ser o único material, através do qual o artista criava seus efeitos rítmicos e sonoros. Esta transformação foi muito importante, porque foi a partir dela que a poesia, como arte, adquiriu a autonomia de que goza até hoje.

         Também, a importância atribuída à palavra, como constituinte básico da poesia, só foi possível porque os poetas humanistas dispunham de um léxico de grande flexibilidade o que permitia um manuseio requintado das palavras. Esse fato nos informa que a Língua Portuguesa, nessa época, se encontrava num estágio muito superior de desenvolvimento.

         Além disso, a transformação da poesia em arte independente exigia do poeta um domínio de técnicas poéticas, uma vez que ele não contava mais com o suporte da música

         Essas composições poéticas foram reunidas principalmente no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.

  1. O teatro

         Para entendermos o teatro do período Humanista, principalmente em Portugal, faz-se necessário saber algumas informações sobre as origens dessa arte.

         Os primeiros registros literários do teatro encontram-se na tradição grega. A apresentação teatral era desenvolvida com base em três unidades a saber: o tom, o tempo e o espaço. O espectador era envolvido na trama pois o tempo da encenação devia corresponder ao tempo dos fatos encenados. Os componentes anteriores da trama e do conflito eram comunicados ao espectador por meio da fala dos personagens ou ele deveria ter conhecimento prévio dos fatos. Quando a peça tinha início, os fatos já estavam próximos da sua conclusão. Em seu brilhantismo e esplendor, o teatro grego exigia que o espectador estivesse preparado para apreciá-lo, o que excluía o povo em geral. Geralmente, quem participava eram os que sabiam ler e escrever, como os filósofos e os poetas.

         Essa estrutura de apresentação teatral grega foi alterada no teatro humanista, principalmente em Portugal, com Gil Vicente. O teatro no período Humanista tornou-se uma arte popular que tanto podiam apreciá-lo os aristocratas cultos como o povo analfabeto.

  1. Principais representantes do Humanismo português.

Os principais representantes do Humanismo português foram Fernão Lopes e Gil Vicente.

         Fernão Lopes foi o “escriba” dos reis e nobres portugueses. Ele é considerado o pai da História em Portugal, pelo seu trabalho de registro, retratando através de suas crônicas a sociedade na qual elas foram geradas.

         Gil Vicente é considerado o iniciador do teatro em Portugal. E fez com suas peças teatrais, uma arte popular com tal valor, talento e graça que qualquer pessoa podia apreciá-lo. A proteção real foi uma constante em sua vida. E fez, antes de tudo, um teatro de tom didático-moralizante, enraizado no teocentrismo e na ideia de salvação da alma.

           Suas obras principais foram:

. Auto Pastoril Castelhano

. Auto dos Reis Magos

. Auto da Fé

. Auto das Barcas ( do Inferno, das Almas e da Glória)

. Auto de Mofina Mendes

. Auto da Lusitânia

. Comédia do Viúvo

. Farsa do Velho da Horta

. Farsa de Inês Pereira

. Farsa do Juiz da Beira

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LEITURA COMPLEMENTAR

O Teatro Popular de Gil Vicente

         O teatro vicentino é basicamente caracterizado pela sátira ao comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo. Apesar de sua profunda religiosidade, o tipo mais comumente criticado por Gil Vicente é o frade que se entrega a amores proibidos (chegando a enlouquecer de amor), à ganância na venda de indulgências, ao exagerado misticismo, ao mundanismo, à depravação dos costumes. Não poupou também bispos, cardeais e mesmo o papa. Satirizou ainda aqueles que rezavam mecanicamente, os que, invocando a Deus, solicitavam favores pessoais e os que assistiam à missa por obrigação social.

         A baixa nobreza, representada pelo fidalgo decadente e pelo escudeiro, é outra classe social insistentemente criticada pelo autor. O teatro vicentino satiriza ainda o povo que abandona o campo em direção à cidade, ou mesmo aqueles que sempre viveram na cidade, mas que, como os provenientes do campo, se deixam corromper pela perspectiva do lucro fácil.

         Dessa forma, os personagens do teatro vicentino formam uma riquíssima galeria de tipos humanos: o velho apaixonado que se deixa roubar, a alcoviteira, a velha beata, o sapateiro que rouba o povo, o escudeiro fanfarrão, o médico incompetente, o judeu ganancioso, o fidalgo decadente, a mulher adúltera, o padre corrupto. Gil Vicente não se preocupou em fixar tipos psicológicos, mas tipos sociais.

(Ernani Terra/José de Nicola. Português, Volume único para o Ensino Médio,

1a. edição, 2008, Editora Scipione, São Paulo/SP)

 

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