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ATIVIDADES/EXERCÍCIOSEnsino FundamentalTEXTOS PARA INTERPRETAÇÃO

TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO 8 (Ens.Fund) – MEUS PRIMOS

By 9 March 20112 Comments

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 3 – Nível: Fundamental

O texto abaixo é do autor  pernambucano Antonio Maria de Araújo de Morais, que se destacou como cronista, compositor, locutor esportivo, jornalista e radialista.

MEUS PRIMOS

1.          R. G. era um demônio. Mais atleta, mais afeito à terra que qualquer um de nós, era uma espécie de Tarzan, filho do mato e do rio, diante da nossa meia tendência para o asfalto.

2.          Numa tarde, resolvemos caminhar pela estrada de ferro – e outra coisa não pretendíamos senão dar uma olhada na filha de um vigia novato, morena carregada, de olhos verdes e longas tranças que, de tardinha, lavava os pés, enfeitava a cabeça com uma flor e vinha para o patamar de casa tocar viola de 12 cordas e cantar “Suçuarana”.

3.          No meio do caminho, demos com a ponte de ferro feita de trilho, dormentes e mais nada, onde só o trem podia passar. R. G. teimou que atravessar seria uma canja, andando por cima dos dormentes. E se o trem viesse? – aventamos essa perigosa possibilidade. Não ligou. Nós ficamos no barranco do rio e ele começou, sozinho, a travessia.

4.          De repente, parecia coisa do diabo, o trem saiu da curva, a 100 metros da ponte. R. G. ia exatamente na metade e não tinha tempo de correr para frente ou para trás. Fechamos os olhos, pensamos em Deus por sua alma de 16 anos. O trem passou, houve um minuto de pausa e, depois, R. G. apareceu no mesmo lugar, (…), gritando que não seria a locomotiva da Great Western que o mataria tão jovem.

5.          Garoto de incrível presença de espírito, quando viu o trem à sua frente, agachou-se, segurou, com as mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado. Depois que passaram os 12 vagões, suspendeu-se como num exercício de barra e começou a rir do estado de pânico em que estávamos.

6.          O maquinista, ao chegar à estação de Gameleira, a dois quilômetros dali, entregou-se à polícia, confessando que tinha matado um menino da usina Cachoeira Lisa.

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Marque com X o sinônimo da palavra ou expressão em destaque.

1. Em: “R. G. era um demônio.” (par. 1).  A palavra destacada pode ser substituída por:

a. (   ) animal                b. (   ) moleque malvado

c. (   ) rapaz travesso   d. (   ) ignorante

2. Em: “Mais atleta, mais afeito à terra…” (par. 1), a expressão destacada pode ser substituída por:

a. (   ) mais insensível à terra        b. (   ) mais acostumado à terra

c. (   ) mais desabituada à terra    d. (   ) mais preocupado com a terra

3. Em: “… diante da nossa meia tendência… “ (par. 1), a expressão destacada significa:

a. (   ) desprezo     b. (   ) inclinação     c.(   ) amor       d. (   ) preocupação

4. Em: “… dar uma olhada na filha de um vigia novato…” (par. 2), a palavra destacada indica que o vigia:

a. (   ) tinha pouca idade           b. (   ) era ingênuo

c. (   ) ano tinha experiência     c. (   ) estava a pouco tempo naquele lugar

5. Em: “E se o trem viesse? – aventamos essa perigosa possibilidade.” (par. 3). A palavra destacada pode ser substituída por:

a. (   ) insinuamos         b. (   ) verificamos

c. (   ) investigamos      d. (   ) propusemos

6. Em: “Garoto de incrível presença de espírito…” (par. 5), a palavra destacada significa:

a. (   ) irreal       b. (   ) inútil      c. (   ) inacreditável      d. (   ) incansável

Responda com suas palavras, de acordo com o texto:

7. O autor caracteriza R.G. como uma espécie de Tarzan, mais afeito à terra, enquanto que os outros meninos estavam mais habituados à vida da cidade. Explique a expressão “nossa meia tendência para o asfalto.” (par. 1)

8. Ter presença de espírito significa saber sair de situações difíceis, inesperadas ou embaraçosas. Como R. G. conseguiu sair da situação difícil que, de repente, lhe apareceu?

9. A partir do texto, encontre três características do personagem R. G.

10. Transcreva o trecho do texto que indica o motivo pelo qual os meninos saíram de casa naquela tarde.

11. Identifique e transcreva o trecho do texto em que há momento de intensa expectativa e emoção, em que não se sabe o que vai acontecer.

12. Por que o maquinista entregou-se à polícia?

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GABARITO

1. c     2. B      3. b   4. D    5. A    6. C

7. A expressão foi utilizada pelo autor para indicar que esses meninos estariam mais habituados à vida da cidade, porque uma das características das cidades são as ruas asfaltadas.

8.  Quando viu o trem à sua frente e não tendo tempo para recuar ou avançar, R.G. agachou-se, segurou os dormentes com as mãos e então, soltou o corpo, ficando pendurado.

9. O texto indica as seguintes características: corajoso, travesso, decidido, brincalhão.

10. Você deve ter transcrito todo o parágrafo 2 do texto.

11. Início do parágrafo 4 até “16 anos”.

12. Porque julgara haver matado R.G.

2 Comments

  • Tânia says:

    Adorei o texto. Estou revisando o português com o meu neto e trabalhei com este texto e fiz toda a interpretação com ele. Continue postando. Foi para mim de grande valia. Obrigada e um abração!

  • Marly Araujo says:

    Amei o texto. Dou aula de Língua Portuguesa apesar de minha formação ser pedagogia, moro numa área de carência. Preciso muito de ajuda para inovação em minhas aulas. Obrigada pela sua contribuição e continue postando textos legais como esse.

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