39. “O CORAÇÃO DO HOMEM PODE FAZER PLANOS, MAS A RESPOSTA CERTA DOS LÁBIOS, VEM DO SENHOR.” (Provérbios 16:1)
Eu lia na Palavra de Deus sobre as várias promessas de livramento, de proteção, de ajuda, mas parece que tal palavra era apenas uma promessa para os outros crentes e não para mim. Isso se chama incredulidade. E hoje, tenho a certeza que Deus teve misericórdia de mim e resolveu me mostrar o seu poder de uma forma tão clara, que eu, depois disso não posso mais duvidar do seu amor e da sua proteção, apesar das minhas imperfeições como sua filha.
O fato é que eu deixei para pedir a ajuda de Deus, depois que eu não vi mais nenhuma solução humana para a situação.
Uma noite, depois de perceber que só Deus poderia me ajudar, clamei a Ele. Minha oração foi um pedido de socorro. Eu não sabia exatamente o que pedir, mas disse a Deus o que estava acontecendo e que Ele me abrisse portas ou me desse alguma orientação no que deveria fazer para não “pirar” de vez.
No outro dia, mais descansada, veio à minha mente a ideia de conversar com Barac Bento sobre o assunto. Ele era um dos amigos meu e de Roberto, que trabalhava no Banco do Brasil, além de que também era crente e frequentava a mesma igreja que eu. Quem sabe ele poderia me orientar sobre o que fazer? Hoje tenho certeza que foi Deus quem colocou na minha mente essa ideia.
Fui até a casa de Barac e coloquei-o a par da situação. Ele ficou muito surpreso, pois não tinha conhecimento disso, apesar de trabalhar na mesma agência onde trabalhara Roberto. Entre outras coisas, ele me orientou a procurar o gerente do BB para conversar sobre o assunto para obter melhores esclarecimentos e pedir ajuda. Para Barac, não interessava ao Banco do Brasil receber um imóvel como pagamento de dívidas. Isso só ocorreria se não houvesse como receber em dinheiro vivo. E certamente, o gerente iria propor algumas soluções. E foi o que aconteceu.
Eu não sabia se haveria solução, além da entrega da casa como forma de pagamento da dívida, mas já tinha em mente que Deus estava no comando da coisa e por isso me dirigi ao Banco do Brasil para conversar com o gerente. Ele me recebeu com muita amabilidade, o que me deixou mais calma para colocar a ele o motivo da minha visita. Informei-o de que estava sabendo do processo e estava ali para verificar no que ele poderia me ajudar para não ter que perder a casa que eu construíra com tanto sacrifício, pois não via como pagar essa dívida de outra forma. Depois de informá-lo da minha situação financeira e da condição familiar que estava vivendo, o gerente propôs transformar aquela cobrança judicial em um empréstimo que seria pago por mim de acordo com as minhas condições financeiras. Mostrei-lhe meu contracheque do Governo Federal e ele disse que por lei, o Banco só poderia me cobrar o valor equivalente a 30% do meu salário. De acordo com os cálculos que ele fez, avaliei que dava para apertar um pouco os gastos (mais ainda do que já estava fazendo) para assumir mais esse compromisso. Era um empréstimo que eu não poderia deixar de pagar mensalmente aquele valor mínimo para abater a dívida. E não tinha um tempo estipulado para terminar. Isso ia depender das minhas condições financeiras. No mês que eu pudesse dar mais do que o mínimo eu daria, pois isso abateria o valor cobrado nos juros. Mas em compensação, eu não perderia casa, único bem que tínhamos e que continuava no nome de Roberto.